A praça mais próxima ao Duomo é a Piazza San Lorenzo, onde está a Basílica de San Lorenzo, obra de Brunelleschi de 1425, muito utilizada pelos Médici. Da família Médici saíram os mais influentes governantes da cidade, e seu nome está intimamente ligado à história de Florença. Na basílica estão sepultados vários de seus membros, entre púlpitos de bronze de autoria de Donatello e esculturas de Michelangelo.
E a mais visitada, depois da Piazza del Duomo é a Piazza della Signoria é dominada por uma das maiores atrações: o Palazzo Vechio, prefeitura de Florença desde 1322 e abriga um museu em seu interior com obras dos pintores e arquitetos Agnolo Bronzino, Michelangelo Buonarroti e Giorgio Vasari. Sobre a fachada principal rusticada encontra-se a imponente Torre de Arnolfo (Torre di Arnolfo), um dos emblemas da cidade. O palácio atual é, porém, fruto de outras construções e ampliações sucessivas, levadas a cabo entre o século XIII e o século XVI. Abre diariamente, das 9h às 19h, com exceção das quintas-feiras e feriados, quando fecha às 14h. Ingresso a € 6.
A Piazza della Repubblica é uma das principais praças e marca o centro da cidade desde os tempos romanos. Infelizmente, a praça hoje não parece como há 150 anos. Paredes do século XIII foram derrubadas para dar lugar a avenidas, o monumento equestre do rei Vittorio Emanuele II (primeiro rei da Itália unificada) foi transferido para a entrada do Parque Cascine (aberto ao público em 1776, às margens do rio Arno) e estátuas alegóricas criadas em argila que decoravam o Arco do Triunfo não foram substituídos.
Restou a Coluna da Abundância. A coluna marca o ponto onde o fórum romano estava. Durante os tempos medievais, a área ao redor da coluna era densamente povoada, ali funcionavam o mercado e o Gueto Judeu. Havia tendas e igrejas. A praça manteve a sua aparência medieval até o século XVIII, quando o conselho da cidade decidiu alargar a praça e limpar o centro. Torres medievais, igrejas, oficinas, residências e alguns palácios de famílias nobres foram destruídos.
Também restou o Arco do Triunfo onde está escrito: “L'ANTICO CENTRO DELLA CITTÀ – DA SECOLARE SQUALLORE – A VITA NUOVA RESTITUITO”, que significa: DO CENTRO DA CIDADE VELHA, A PARTIR DA MISÉRIA SECULAR, DEVOLVER UMA NOVA VIDA.
Um dos mirantes mais inspiradores é a Piazzale Michelangelo, ideal para apreciar toda a beleza da cidade e tirar fotos. Fica do outro lado do rio, oposto à localização do Duomo e do Palazzo Vecchio. Lá, há uma estátua em homenagem a Michelangelo. Para chegar, é preciso atravessar a Ponte Vecchio e pegar um ônibus (número 13 para subir e o número 12 para descer novamente até à ponte). A passagem custa € 0,60. No final do dia, tirar fotos sobre a ponte é uma boa dica. O pôr-do-sol e o cenário de Florença são belíssimos.
Cruzando novamente o rio na direção do centro, depara-se com a Galeria Uffizi (Piazza degli Uffizi), inaugurada em 1580 e um dos museus de pintura e escultura mais famosos e antigos do mundo. Sua coleção compreende obras-primas aclamadas, incluindo trabalhos de Giotto, Piero della Francesca, Fra Angelico, Botticelli (O Nascimento de Vênus, 1483), Leonardo da Vinci, Michelangelo (A Sagrada Família, 1504), Ticiano Vecelli (Vênus de Urbino, 1538) Raphael e Caravaggio. Aberto diariamente (exceto às segundas), das 8h15 às 17h. É aconselhável comprar o ingresso pela internet (http://www.virtualuffizi.com), a € 11 (até às 16h) e a € 10 (após às 16h), pois as filas para entrar costumam ser enormes e frequentes. Há uma chance de comprar o tíquete sem esperar, mas para isso paga-se uma taxa mais cara, € 20. Uma pessoa percorre a fila com uma placa perguntando se você quer se associar a uma entidade de ajuda à galeria, basta assinar e pagar o valor cobrado (de 20 euros) para ganhar o tíquete diferencial. Gostamos, mas esperávamos mais do museu. A iluminação sobre as telas não é boa e, para nosso azar, as obras de Caravaggio haviam sido removidas temporariamente para outro museu.
Na parte sul do rio Arno há outro lugar muito visitado, o Palazzo Pitti, projetado por Brunelleschi para a família Pitti, rival da família Médici. Em seu interior há tesouros da autoria de mestres como Raphael, Filippo Lippi, Tintoretto, Veronese e Rubens. Bem próximo, estão os Jardins Boboli.
Para desafiar a família Médici, a mais poderosa de Florença, o banqueiro Luca Pitti construiu um palácio, provando que também tinha uma fortuna considerável. Mas a vida dá voltas, e o palácio acabou sendo vendido pelos herdeiros de Luca justo aos Médici, que aproveitaram para aumentar a beleza do lugar, com extravagantes e maravilhosos jardins.
Hoje, o Palácio Pitti abriga um museu com obras que foram da coleção dos Médici (pinturas, escultura, porcelana, prata, entre tantas outras relíquias). À sua volta, os Jardins Boboli ostentam estátuas, pracinhas, grutas, alamedas, fontes, lagos e, até, uma ilha. Aberto ao público desde 1766, é um belo lugar para se apreciar a paisagem. Os preços variam de acordo com a galeria a ser visitada e, também, devido às exposições temporárias (cobradas à parte). Como chegamos ao final da tarde e dispúnhamos de pouco tempo, visitamos os jardins e a galeria de porcelanas e algumas pinturas. Aberto diariamente, das 8h15 às 18h30 (verão); e das 8h15 às 16h30 (inverno). Ingresso a € 10.
Não perca também o Palazzo Strozzi, um prédio de pedra em estilo renascentista, construído entre 1489 e 1538 (há poucas quadras da Ponte Vecchio), que pertenceu à família Strozzi até 1937, sediando hoje exposições e eventos culturais; e o Palazzo Pazzi, também chamado de Palazzo della Congiura ou Palazzo Pazzi-Quaratesi, que situa-se na via del Proconsolo. É um dos melhores exemplos da arquitetura civil renascentista na cidade. Provavelmente, foi mandado construir por Jacopo de Pazzi no lugar de algumas casas pertencentes à família para rivalizar com os prédios de outras famílias ricas.