Visite o Bargello Palace ou Palazzo del Popolo, museu nacional desde 1865, que oferece uma das melhores coleções de esculturas medievais e renascentistas italiana, dentre as quais Bacchus, de Michelangelo; David, de Donatello (toda em bronze, de 1440); e Mercúrio, de Giambologna (também conhecido como Giovanni da Bologna). O local já foi um quartel e uma prisão. O nome “bargello” significa xerife e deve vir do latim bargillus ("castelo" ou "torre fortificada"). Durante a Idade Média, era o nome italiano dado a um capitão militar encarregado de manutenção da paz e da justiça (daí o "capitão/xerife de Justiça") durante as revoltas e alvoroços. Serviu de modelo para a construção do Palazzo Vecchio. ATENÇÃO ao horário de funcionamento para se programar: funciona diariamente, mas apenas das 8h15 às 13h50. E, nos domingos, abre somente no segundo domingo de cada mês. Ingresso a € 4.
Um nome para sempre associado à história de Florença é o do poeta e escritor Dante Aligheri, eternizado principalmente graças à sua obra-prima, A Divina Comédia. No Museo Casa di Dante, onde ele nasceu (via Dante Alighieri), pode-se conhecer um pouco sobre sua vida e relação com a cidade. Mas grande parte do acervo conta mesmo é a história da cidade. Fica a pouca distância do Duomo, em uma construção medieval muito bem preservada. A entrada fica na lateral. Aberto diariamente (no verão), das 10h às 18h; e no inverno, diariamente, com exceção das segundas-feiras, das 10h às 17h. Entrada a € 4.
E por toda parte podemos apreciar a obra de Leonardo da Vinci, como Il San Girolano (Pinacoteca do Vaticano), a Adorazione dei Magi (Galeria Uffizi), o quadro A Mona Lisa (Louvre), entre tantos outros. Leonardo da Vinci chegou a Florença ainda criança, em 1469, trazido por seu pai, que tendo percebido a precoce genialidade do filho, tomou a decisão na esperança de que os ares iluminados da cidade dos artistas pudessem inspirá-lo ainda mais.
Outro símbolo de Florença é o David de Michelangelo (imponente, gigantesco, meditando sobre sua vitória contra Golias), ocupando um ponto de honra no prédio do Museo dell’Accademia, fundado em 1784 pelo grão-duque Leopoldo de Lorena, com o objetivo de organizar uma coleção de pinturas antigas e modernas e esculturas para que os alunos da Academia de Belas Artes pudessem ir conhecê-las e estudá-las. A estátua de David, em mármore, mede 5,17 m e, devido à genialidade que sempre foi atribuída à obra, foi escolhida como símbolo máximo da República de Florença.
O museu, particularmente famoso por sua coleção de esculturas de Michelangelo, mas que também possui um importante acervo de pinturas florentinas dos séculos XIV a XVI, é facilmente acessível a partir da Piazza San Marco. Há alguns anos um homem avançou sobre a obra com um martelo e, antes de ser detido, conseguiu danificar partes da estátua. Felizmente, uma equipe de estudiosos conseguiu recuperá-la. O museu abre diariamente (exceto segundas), das 8h15 às 19h. Ingresso a € 10. Aconselhável chegar cedo para evitar filas.
Pouco adiante, ao lado da igreja Santa Croce está a Casa Buonarroti, dedicado à preservação da memória e da obra de Michelangelo Buonarroti. O local pertenceu ao artista, mas nunca foi ocupado como residência. Foi convertido em museu por seu sobrinho-neto Michelangelo, o Jovem. Em sua coleção, estão algumas esculturas da fase inicial de Michelangelo, modelos de obras definitivas e uma boa quantidade de seus desenhos, além de peças de outros artistas. Localizada na via Ghibellina, 70. Aberta das 9h às 14h.
Caminhando na direção do rio Arno chega-se à ponte mais famosa, a Ponte Vecchio (em arco medieval), construída em 1345 e a única ponte não danificada pelos alemães durante a Segunda Guerra (acredita-se que tenha sido uma ordem direta de Hitler). Em suas extremidades encontram-se infinidades de pequenas lojas vendendo joias de ouro e prata.
Acredita-se que tenha sido construída ainda na Roma Antiga e era feita originalmente de madeira. Foi destruída pelas cheias de 1333 e reconstruída em 1345, com projeto da autoria do pintor e arquiteto Taddeo Gaddi (1300-1366). Consiste em três arcos, o maior deles com 30 metros de diâmetro. Desde sempre albergou lojas e mercadores, que mostravam as mercadorias sobre bancas, sempre com a autorização do Bargello, a autoridade municipal de então. Diz-se que a palavra ‘bancarrota’ teve ali origem. Quando um mercador não conseguia pagar as dívidas, a mesa (banco) era quebrada (rotto) pelos soldados. Essa prática era chamada bancorotto.
Inicialmente, o comércio no local era outro: açougues. Os comerciantes jogavam os restos de carne no rio. A família Médici que morava nos arredores, horrorizada com o mau cheiro, mandou retirar os açougues e instalou diversas joalherias que permanecem até hoje. Todas as outras pontes sucumbiram na Segunda Guerra, menos a Vecchio.
Ao longo da ponte, há vários cadeados, especialmente no gradeamento em torno da estátua de Benvenuto Cellini (1500-1571 – escultor, ourives e escritor italiano). O fato é ligado à antiga ideia do amor e dos amantes: ao trancar o cadeado e lançar a chave ao rio, os amantes tornavam-se eternamente ligados. Por causa dessa tradição e do turismo desenfreado, milhares de cadeados tinham de ser removidos com frequência, estragando a estrutura da ponte. Então, o município estipulou uma multa de 50 euros para quem for apanhado, em flagrante, colocando cadeados na ponte.
Seguindo adiante, está o Museo dell' Opera del Duomo, com a escultura Pietà, esculpida em mármore por Michelangelo em 1499, além de uma coletânea de peças religiosas do século XV e uma ala dedicada à história da catedral. Fica bem atrás do Duomo. Aberto de segunda a sábado, das 9h às 18h50; e aos domingos, das 9h às 13h.
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